BOMBA: Em entrevista Luiz Sandoval diz
que grupo Silvio Santos esta se acabando.
SITE – Ex-presidente do Grupo Silvio Santos,
Luiz Sebastião Sandoval não mede palavras
para falar sobre o antigo patrão e os ex-
dirigentes do Banco PanAmericano, que teve
de ser socorrido pelo Fundo Garantidor de
Crédito (FGC) depois de descoberto um
rombo de R$ 4 bilhões. “Querem me
prejudicar. Até porque eu sou um arquivo
vivo. Eu não estou falando tudo o que eu
sei”, diz Sandoval em entrevista publicada
pela edição de abril da revista
"AméricaEconomia".
Segundo Sandoval, o Grupo Silvio Santos
está se desfazendo, com a anuência de seu
dono. “O grupo está acabando. O Silvio
Santos está fazendo o que disse que faria. Já
vendeu o Baú, já mandou fechar a Sisan, de
empreendimentos imobiliários. Tudo o que
eu ajudei a construir está sendo destruído
agora”, lamenta.
O executivo também acusa Silvio Santos de
não participar da administração de suas
empresas, apesar de ficar com seus lucros.
“O Silvio é assim. Ele sempre se colocou
como um ente à parte, mas recebia 10% dos
lucros das empresas. Ele é um artista que
tem empresas. No caso do banco, ele
recebia as informações como eram
apresentadas”, diz.
O ex-presidente do Grupo Silvio Santos
aponta o ex-presidente do PanAmericano
Rafael Palladino (cunhado de Silvio Santos) e
o ex-diretor financeiro Wilson de Aro como
os maiores beneficiários do esquema que
quebrou o banco. ”Segundo as
investigações da PF, o patrimônio de Rafael
Palladino e de Wilson de Aro é fantástico”,
argumenta, acrescentando que mora no
mesmo apartamento há 35 anos.
Sandoval diz ainda que todos os executivos
do PanAmericano tiraram vantagem do
lucro irreal maquiado nos balanços durante
anos. “Os outros diretores, os da holding,
inclusive eu, também tivemos um ganho
sobre o lucro irreal, assim como o Silvio e os
acionistas minoritários”, diz, destacando
que até agora ninguém devolveu nada.
“Não, porque não se sabe até hoje qual foi o
resultado do banco. A consultora PwC
[PricewaterhouseCoopers] chegou à
conclusão de que tumultuaram tanto a
contabilidade, que ninguém conseguiu
apurar”, completa.
Na entrevista, sobra até para o FGC, que
“existe para garantir investidores e para
socorrer instituições financeiras em
dificuldades, não aquelas que tenham
sofrido fraude”, lembra Sandoval, que põe o
fundo em questão, constestando o valor de
R$ 540 milhões que o banqueiro André
Esteves, que comprou o banco, deu como
garantia para a dívida de R$ 4,3 bilhões. “Se
para tomar R$ 2,5 bilhões o Silvio teve de
dar todas as empresas, avaliadas em cerca
de R$ 5 bilhões, como é que, para um
empréstimo de R$ 4,3 bilhões, prorrogados
para 20 anos, o valor foi esse? Muito
estranho”.
Fonte: Brasil 247